Cunhado pelo químico francês René-Maurice Gattefossé em 1937 (Aromathérapie: les hulles essentielles hormones végétales), o termo Aromaterapia, designa a prática terapêutica que por meio do uso dos óleos essenciais busca reestabelecer o equilíbrio físico, mental, emocional e espiritual da pessoa que os utiliza. Contudo, vale ressaltar que o uso das plantas como promotoras de saúde não vem de hoje, pelo contrário, temos registro em praticamente todas as civilizações antigas (Egito, Índia, China, Grécia) desde antes de Cristo, quando as plantas eram as únicas fontes para tratar doenças e ferimentos. Elas eram utilizadas na forma de infusões, vapores, fumaças, unguentos, compressas, banhos, perfumes e a partir da prática da destilação, foi possível também o uso na forma de óleos essenciais.
Mas o que são óleos essenciais? De maneira simples, podemos defini-los como compostos químicos produzidos por plantas aromáticas através do seu metabolismo secundário, sendo formados por uma variedade imensa de moléculas, dentre elas terpenos, álcoois, ésteres, éter, cetonas, aldeídos dentre outras, e possuem características físico-químicas específicas, como densidade, volatilidade, cor e aroma únicos. Eles podem ser encontrados em todas as partes da planta – raiz, caule, folhas, flores, sementes e resinas – onde exercem funções importantes para suas vidas, como a defesa contra predadores e a atração de agentes polinizadores. Considerando a função de defesa podemos entender sua ação antisséptica na Aromaterapia. E o fato de serem moléculas aromáticas e voláteis garante para a planta a atração de polinizadores e para nós, permite seu uso pela via inalatória.
Quando inalamos um óleo essencial, suas moléculas penetram nossas narinas até o bulbo olfatório de onde a mensagem do óleo é enviada para algumas áreas do cérebro, como o sistema límbico, responsável pelas nossas memórias e respostas emocionais, dentre outas. A partir deste “caminho dos óleos essenciais” podemos dimensionar sua ação no nosso sistema emocional e no corpo físico, levando-se em consideração que a produção de neurotransmissores e hormônios serão diretamente afetas e provocarão diferentes reações em nosso corpo. Se um determinado perfume nos faz lembrar de algo bom e leve, teremos pensamentos bons e leves ou se determinado aroma nos relaxa, nosso corpo se sentirá relaxado em contato com este aroma. Desta forma vemos que a Aromaterapia trabalha a relação de cada indivíduo com os aromas e toda a memória olfativa que ele possui, sendo algo muito particular e único, que busca um equilíbrio do corpo e da mente, trazendo mais saúde e bem-estar.
Dentre as demais vias de administração dos óleos essenciais vamos considerar aqui também a via tópica, uma vez que tais moléculas podem ser absorvidas pela pele. Importante salientar que os óleos essenciais são compostos extremamente concentrados, por isso, é necessária a diluição prévia em bases carreadoras (óleo vegetal ou cremes e loções neutras, lembrando que se trata de moléculas hidrofílicas). Exatamente por serem moléculas concentradas, em todos os casos é fundamental avaliarmos a pessoa que está recebendo esta terapia, seja por via inalatória, tópica ou uso interno, levando-se em consideração as contraindicações de cada óleos e as condições de saúde particulares. Como diz Carla Vescovi, “a Aromaterapia é para quem e não para que!”
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